terça-feira, 31 de agosto de 2010

Evangelizando com fantoches

Os fantoches são excelentes estimuladores da imaginação, além de desenvolverem a linguagem, atraindo não só crianças como também adultos e idosos, também liberam emoções, o que não aconteceria tanto em outras atividades diretamente. Você como professor pode passar, através dos fantoches, orientações de higiene, de moral, de bons costumes e conceitos doutrinários. Também, por meio desse veículo, estimula-se a criança a desenvolver a imaginação, a criatividade, a orientação espacial e o aperfeiçoamento da percepção viso-motora.
O fantoche dá animação às histórias e transforma as ilustrações, pois os métodos visuais dão vida às narrativas. A utilização de teatro de fantoches torna a história bem mais participativa. Por isso, é perfeito na apresentação para crianças, que acabam guardando bem melhor a história. Fantoches ajudam o professor a tornar suas aulas mais dinâmicas e divertidas. Contar uma experiência, apresentar um bom exemplo, em fim, tudo fica muito mais fácil quando um fantoche está inserido ajudando e participando da narração. A utilização dos fantoches em igrejas, escolas, eventos ou até mesmo nos lares, ajudam na orientação aos pequeninos de forma lúdica e prazerosa.
Vale lembrar que o fantoche é apenas um dos diversos recursos que podem ser utilizados na Evangelização, na Escola Dominical, no Culto Infantil, em festas e outras atividades para crianças. Ele não deve ser o centro do culto ou da aula ele não encerra em si toda a atenção. O ideal é que ele entre e saia no momento certo. Sua participação deve ser em um momento especial, em determinado espaço de tempo.

Criação do texto

Para uma boa apresentação de fantoches é necessária uma boa história. Você não precisa ficar preso ao que se é produzido no mercado editorial (que é muito pouco), mas você pode produzir textos curtos com histórias agradáveis, buscando atender às necessidades das suas crianças. Para que isso seja possível, é necessário estar preparado com conhecimento bíblico, conhecer bem o ambiente sócio-cultural onde suas crianças interagem e principalmente conhecer bem os seus alunos, quiçá seus pais e sua família.
É primordial que Deus use as suas histórias para abençoar e não apenas para divertir. Sua intimidade com Deus precisa estar sempre renovada, pois ela será refletida naquilo que você vai escrever.
Para se ter uma bagagem cultural a altura, é preciso ler mais (livros, revistas, jornais etc.), escutar com mais atenção os sons, observar o que as pessoas falam e como falam, ter um olhar mais atento aos movimentos corporais e perceber as mensagens não verbais daqueles que nos cercam. Fazendo assim você poderá transportar para o papel as histórias que Deus colocar na sua mente.

É preciso dar uma atenção especial nos seguintes itens:
• Ore antes de escrever. Deus precisa falar através da história (você é apenas um instrumento);
• Sempre buscar um ensinamento bíblico ou conceito espiritual;
• Acrescentar um fundo moral, familiar, discipulado ou de relacionamento;
• Os assuntos e temas das histórias devem ser atrativos, criativos e engraçados;
• Observar a faixa etária (comunicar na linguagem adequada da criança);
• Utilizar frases curtas e de efeito (evite frases longas, os diálogos devem ser simples e de fácil assimilação pelas crianças);
• Sempre lembrando que o fantoche é um boneco — boneco não tem coração, não aceita Jesus, não ora e não faz apelo — mesmo na visão das crianças, precisamos diferenciar para elas o que é realidade e o que fantasia;
• As histórias devem ter início meio e fim. Um bom texto apresenta um “problema” e uma solução ao final. O clímax deve sempre ser positivo, pois elas ficarão na mente das crianças como uma coisa boa;
• O boneco deve considerar a presença do público. É bom interagir com a platéia;
• Junto com cada fala, nos textos das peças de teatro de boneco, costumam vir ações cênicas escritas entre parentes. Esta parte não é para ser lida em voz alta. Elas são ações que devem ser encenadas ou interpretadas. Ex.: (Zezinho sai correndo) ou (olha para os lados e começa a chorar);
• Os personagens devem revezar suas ações e diálogos. Cada gesto, olhar e ação devem ser bem planejados, pois são características da linguagem do teatro de bonecos. As pausas e o silêncio também são muito importantes;
• O texto das falas dos personagens não pode explicar tudo. A ação de cada boneco ou sonoplastia é que devem dar sentido e completar o texto. A Narração também ajuda a contextualizar a história.

Não fique preso demais ao texto ou roteiro escrito. Para tirar melhor proveito, improvise, converse com o fantoche e faça com que ele converse com a platéia. O resultado você verá com seus próprios olhos: na alegria, no olhar e na emoção estampada no rosto de cada criança.

Criando Personagens

Um fantoche deve ter uma personalidade clara (um pode ser tímido, outro orgulhoso, nervoso, envergonhado...). Cada personagem deve ter característica, comportamento e modulações de voz diferentes. O tom da voz ajuda na criação do perfil de cada personagem. Uma personagem tímida fala devagar, já a descontraída fala rápido, um boneco corajoso fala com determinação, sem vacilar e assim vai. É preciso tomar cuidado para voz não mudar durante a história. Quando se tem sempre os mesmos bonecos, recomendamos que nem o nome, nem suas características mudem de uma história para outra. A criança, que vê o boneco representando um determinado personagem, acredita que ele tem aquelas características. Se o mesmo boneco vier em uma outra história com outra personalidade, irá confundir a criança. Ou seja, se o boneco é inteligente em uma história e em outra ele já é meio tonto, isso tira a credibilidade da criança. 
Utilizar fantoches na Escola Dominical e na Evangelização de crianças exige muita dedicação. Criação de textos, ensaios, montagem de palco e cenário, efeitos especiais (luz, sombra, sonoplastia, desenhos e recortes, cenários). Todo recurso que estiver ao seu alcance deve ser utilizado. Quanto mais diversificado, mas interessante será a história. Mas cuidado! O mais importante deve ser a MENSAGEM. Ela precisa ficar marcada na cabeça e no coração da criança. Ela precisa ser bem feita e inspirada. Mas é preciso, sobretudo, com sua FORMA e CONTEÚDO, orientar, ensinar, inquietar, lançar dúvidas sobre comportamentos inadequados, ampliar a forma de ser e ver o mundo. Fazendo assim, com certeza, as histórias abençoarão crianças de todas as idades!

Criação de palco e cenário

O palco deve ser de fácil montagem e desmontagem, simples, porém alegre e colorido. Quando possível variar o cenário de acordo com a história.
Existem vários recursos de baixo custo que podem ser usados e que garantem uma boa apresentação:
- Palco de caixa de papelão (de geladeira, fogão ou de CPU de computador), forrada e com recorte de uma janela para aparecer os bonecos dá muito resultado. É só colocar uma cortininha e pronto.
- Vão de porta ou janela serve para encenar com fantoches. Basta esticar um lençol ou aplicar uma “porta” de pano (ou TNT) com uma abertura para a encenação dos bonecos.
- Palco, feitos de canos de PVC ou estrutura de alumínio, que serve de base para sustentar uma lona ou TNT colorido, basta usar a criatividade.
- Um grande bambolê suspenso com um suspensório nos ombros pode servir de sustentação de um lençol fino e os braços do manipulador ficam por dentro. O Manipulador contracena com os bonecos, pois ele aparece dos ombros para cima.
Basta um pouco de criatividade para escolher um cantinho especial da sala para contar as mais lindas histórias.

Como manejar os fantoches

Encenar com fantoches, além de ser uma atividade divertida e criativa, proporciona prazer, alegria e segurança. Para um melhor manejo dos fantoches é preciso treinar a posição da mão. Sempre se lembrando do ângulo de visão da platéia. É fundamental sincronizar a abertura da boca com o som da voz do boneco. O ideal é treinar em frente ao espelho o manuseio, a posição do braço, os movimentos (entrando, andando, correndo, caindo, agindo, saindo). As expressões de susto, alegria, tristeza, admiração, raiva, vergonha, medo devem ser bem apresentadas para serem entendidas sempre com a voz própria de cada personagem. Na comunicação devem existir mais ações e gestos que simples palavras.
Antes iniciar qualquer trabalho com os fantoches, é indispensável aquecer e alongar os braços, para poder com resistência, manipular os fantoches que ficarão no alto desafiando Lei da Gravidade.

Vamos praticar:

Manuseio – cada boneco deve ter personalidade e características diferentes dos demais;
Olhar – O olhar do boneco não pode esquecer do público. Ele pode se mexer, virar, olhar para todos os lados, mas não pode esquecer de voltar o olhar para o público;
Posição – O boneco deve se apresentar em direção ao palco. O braço do manipulador deve se estar em posição agradável. Os braços (e/ou pernas) do boneco devem ficar para fora do palco;
Movimentos – entrando, andando, correndo, caindo, ação, saída. O exagero da ação caracteriza a ação dos bonecos; as entradas, as expressões de espanto, tristeza, alegria, nervosismo, raiva, vergonha, medo, todas as expressões possíveis deve ser bem exageradas;
Voz – cada personagem possui a sua. Deve ser do tipo engraçada ou peculiar. Um aquecimento vocal antes de começar também é muito importante.

Eu não tenho como comprar fantoches... e agora?

Muitas pessoas sem recursos acham que não podem trabalhar com fantoches por serem peças caras. Com um pouco de imaginação e um material de sucata pode-se fazer fantoches e marionetes sensacionais. Quando se  ensina e evangeliza crianças é preciso ser criativo. Criar os personagens de qualquer objeto é muito fácil. Podemos usar garrafas de plástico de vários tamanhos para representar famílias, tênis para representar um menino, panelas para representar uma mãe... o importante é usar a cabeça e o bom senso.
Quando a história é boa e o enredo é atrativo, qualquer boneco ou objeto pode ser utilizado para servir de personagem. O importante é chamar a atenção da platéia para a mensagem que será transmitida.
Existem vários tipos de recursos para criação de bonecos de fantoches. Alguns são bem fáceis de serem feitos: garrafa PET com cabos de vassoura, saco de papel, meia, luva, fantoches de vara, de caixa, de pano, de garrafinha de yakult® ou yogurt e muitas outras idéias criativas que você mesmo pode inventar.

Conclusão

Se você sente no coração um chamado para aperfeiçoar seu ministério de evangelização infantil, ore a Deus. Com certeza Ele usará a sua vida no ministério que Ele tem preparado para sua você e suas crianças. Existem muitos pequeninos caminhando em direção ao inferno, sem Deus e sem salvação. O mundo está oferecendo muitas coisas atraentes e destruidoras. Precisamos agir rápido, pois “é melhor construir uma criança do remendar um homem”.

Bibliografia:
Bíblia de Recursos para o Ministério com Crianças – São Paulo: APEC e HAGNOS
COSTA, Débora Ferreira da. Evangelização e Discipulado Infantil. Rio de Janeiro: CPAD
COSTA, Maria de Fátima Alves da. Fantoches - Alegria da garotada - Vol. 1 e 2. Rio de Janeiro: CPAD
CRUZ, Elaine. Amor e Disciplina para Criar Filhos Felizes. Rio de Janeiro: CPAD
FIGUEIREDO, Helena. A Importância do Evangelismo Infanto-Juvenil - Rio de Janeiro: CPAD
OLIVEIRA, Mirly de. Maravilhoso Mundo dos Fantoches – Belo Horizonte: Editora Betânia

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Contar histórias para crianças

“Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o único Senhor. Amarás, pois, o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas e estas palavras, que hoje te ordeno, estarão no teu coração; e as ensinarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por frontais entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais de tua casa, e nas tuas portas.” Dt 6.4-9
 

O Senhor nos convoca a ensinar diligentemente os nossos filhos sobre a fé em Deus. Falar a todo estante: assentado em casa, andando pelo caminho, deitando-te e levantando-te.
Naquela época eles não tinham em mãos os recursos que nós temos hoje. As magníficas histórias e os ensinamentos de Deus eram passadas de pai para filho de forma oral. Esta foi a forma que Deus ordenou que fosse feita. Deus nos deu a habilidade de contar histórias como um recurso maravilhoso e empolgante.
Contar histórias é uma ótima ferramenta para ensinar, educar, estimular e principalmente transmitir os ensinamentos da Palavra de Deus. Utilizar histórias de fundo moral, social ou espiritual ajuda na construção da vida da criança. Estimula a imaginação, cria conceitos, forma hábitos e desenvolve a espiritualidade.

"Ah, como é importante para a formação de qualquer criança ouvir muitas, muitas histórias... Escutá-las é o início da aprendizagem para ser um leitor, e ser leitor é ter um caminho absolutamente infinito de descoberta e de compreensão do mundo..." (Fanny Abramovich)

Quem não se lembra daquelas histórias que foram contadas por nossos avós, pais, professores que ficaram marcadas em nossa infância? Hoje em dia a TV e os jogos eletrônicos tomaram o lugar dos livros, das reuniões em família e infelizmente do Culto Doméstico. As famílias precisam resgatar aquele momento especial do dia ou da semana para “contar histórias”, lerem juntos e também relembrarem fatos engraçados da família. O tão “esquecido” Culto Doméstico precisa fazer parte novamente de nossa agenda familiar.
Pais e professores de Escola Dominical devem se preocupar com a Igreja do amanhã. Para formação de uma igreja sadia, a conscientização dos valores espirituais deve ser escrita no coração das crianças desde cedo. Quando elas estiverem na adolescência e juventude, levarão a semente que, com certeza, germinará para a glória de Deus.

Utilizando sucata

Não é difícil encontrar nas igrejas professores de crianças reclamando por não terem o devido apoio dos líderes da sua igreja. Falta material humano, falta espaço, o mobiliário é inadequado, as salas são impróprias e principalmente falta material didático.
Se olharmos ao nosso redor, encontraremos diversos recursos que estão ao alcance de todos e infelizmente não são aproveitados.  Vivemos em uma época conhecida como a “era do descartável”. Isso porque a grande maioria dos produtos é industrializada e vêm em caixas, garrafas, sacolas e outros tipos de embalagens que são imediatamente descartadas após o uso. Todo esse material que é jogado fora é chamado de sucata.
A média mundial da quantidade de lixo produzida semanalmente por cada ser humano é de aproximadamente 5 Kg. O Brasil chega a produzir 240 mil toneladas de lixo por dia. Cerca de 88% do lixo doméstico brasileiro vai para o aterro sanitário. Apenas 2% do lixo de todo o Brasil é reciclado! Imagine agora: quanto material você tem jogado fora que poderia ser usado na sua sala de aula?
A sucata pode servir de matéria-prima para vários brinquedos e materiais didáticos que podem auxiliar a aula e divertir suas crianças. É uma ótima oportunidade também para ensinar seus alunos sobre a importância da preservação da natureza e da reutilização do lixo.
A participação da criança na hora de construir o brinquedo faz com que ela valorize mais o resultado final. É melhor do que simplesmente o professor levar o brinquedo pronto para a sala de aula. Isso ajuda as crianças a desenvolverem a criatividade, aguça a imaginação e melhora o senso estético. Hoje em dia muitas crianças não dão valor aos seus brinquedos. Essa atividade ajuda a resgatar a importância do próprio brinquedo e do senso de valor.

Se você sente no coração um chamado para aperfeiçoar seu ministério na área de educação e evangelização infantil, ore a Deus. Com certeza Ele usará a sua vida no ministério que Ele tem preparado para sua você e suas crianças. Existem muitos pequeninos caminhando em direção ao inferno, sem Deus e sem salvação. Precisamos agir rápido, pois “é melhor construir uma criança do remendar um homem”.

Bibliografia:
Bíblia de Recursos para o Ministério com Crianças – São Paulo: APEC e HAGNOS
COSTA, Débora Ferreira da. Evangelização e Discipulado Infantil. Rio de Janeiro: CPAD
COSTA, Maria de Fátima Alves da. Fantoches - Alegria da garotada - Vol. 1 e 2. Rio de Janeiro: CPAD
CRUZ, Elaine. Amor e Disciplina para Criar Filhos Felizes. Rio de Janeiro: CPAD
FIGUEIREDO, Helena. A Importância do Evangelismo Infanto-Juvenil - Rio de Janeiro: CPAD
OLIVEIRA, Mirly de. Maravilhoso Mundo dos Fantoches – Belo Horizonte: Editora Betânia

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Evangelizando crianças de 7 a 10 anos com atividades e brincadeiras (parte 2)

Novamente estamos escrevendo sobre o tema "Evangelizando crianças de 7 a 10 anos com atividades e brincadeiras". O objetivo deste texto é passar um pouco da nossa experiência adquirida como professores e líderes de juniores. Temos agora novas atividades que foram muito bem sucedidas com nossos alunos. Tais atividades podem ser adaptadas à realidade da classe de Escola Dominical, visto que cada lugar possui crianças e dependências com características diferentes. Antes de começar a aplicar qualquer atividade, é preciso que o professor de juniores conheça bem como pensam, como reagem e os interesses das crianças de sete a dez anos da sua localidade, para só então promover eventos, atividades e brincadeiras que possam atrair a atenção de seus alunos.
Estas atividade podem ser feitas fora da sala de aula. Um encontro mensal (ou semanal), fora do ambiente da sala de aula, ajuda a melhorar o relacionamento entre os alunos e desperta o interesse pelas aulas. Nesta faixa etária, uma gincana bem organizada cativa o grupo e dá ótimos resultados na aprendizagem.
Vejamos agora algumas atividades que podem ajudar na evangelização e edificação de nossas crianças.
Lembre-se: "É mais fácil construir um criança do que remendar um adulto".

4. FUJA DO PECADO (CORES)
Esta atividade é baseada nas cores do Livro Sem Palavras (LSP) e deve ser feita fora da sala de aula, em uma quadra, sítio ou área de lazer. Ela é bem dinâmica e precisa de uma equipe de apoio treinada para trabalhar com o professor. Você pode alcançar ótimos resultados se, após a atividade, fizer uma reflexão com seus alunos.

Objetivo: fazer com que as crianças memorizem versículos e reflitam sobre a necessidade de fugir do pecado.

Material:
5 potes pequenos de tinta guache nas cores: amarela, preta, vermelha, branca e verde.
5 monitores (jovens ou adultos)
1 moderador

Como aplicar:
Ensine e memorize com os seus alunos os versículos: Jo 3.16; Rm 3.23; Hb 9.22; Jo 1.12 e 2 Pe 3.18. Separe seus alunos em cinco grupos menores. O MODERADOR deve explicar como será a atividade e ficar controlando as crianças. Os cinco MONITORES formam uma equipe que podem se caracterizar com roupas de época, figurinos bíblicos ou qualquer adereço que chame a atenção. Cada um deve ficar com um frasco pequeno de tinta diferente escondida nas mãos ou no bolso (as crianças não podem ver qual é a cor que ele carrega). Eles devem ter em mãos fichas com os versículos escritos, devem se separar cada um para um lado e andar sem rumo definido.
As crianças devem ser orientadas pelo MODERADOR para tentar achar as cores na seqüência determinada – 1ª AMARELA, 2ª VERMELHA, 3ª BRANCA e 4ª VERDE. Elas devem andar em grupo e, como elas não sabem qual é a cor que está com os monitores, devem chegar com cuidado e abordar cada MONITOR para tentar descobrir a cor que ele tem escondida com ele. Elas devem abordar a cada MONITOR da equipe, sugerindo a cor que ele provavelmente tenha em suas mãos. Se elas errarem devem pagar uma tarefa rápida e sem muito esforço do tipo recitar um Salmo, pular em um só pé e cantar um corinho etc. Se elas acertarem, e descobrirem qual é a cor, devem guardar segredo dos demais grupos e procurar, até achar, a 1ª COR (AMARELA). O MONITOR que estiver com a cor AMARELA, sendo descoberto, deve passar o dedo indicador na tinta e marcar o braço de cada criança com um traço próximo ao pulso de todos os membros do grupo de crianças que descobriu.
Antes de revelar o mistério da cor, o jovem da equipe deve pedir que eles recitem o versículo correspondente à cor. Se eles acertarem, a cor é revelada, sem que as outras crianças saibam. Os grupos devem seguir a seqüência: 1ª AMARELA – João 3.16; 2ª VERMELHA – Hebreus 9.22; 3ª BRANCA – João 1.12 e por último a 4ª VERDE – 2 Pedro 3.18.
Lembrando que um dos MONITORES que está andando, tem escondida com ele a cor PRETA e a qualquer momento ele pode marcar um dos componentes do grupo de crianças. Se isso acontecer o grupo marcado deve apagar as tintas do braço e voltar ao início de tudo. As crianças devem fugir do MONITOR que está com a cor PRETA que simboliza o pecado.
A ordem é, para cada grupo, andarem sempre juntos, todos com o mesmo objetivo. O jovem da cor PRETA deve prestar atenção. Quem estiver desgarrado do grupo será marcado e o grupo deve voltar ao início da procura de cores. O MODERADOR deve orientar para que todos estejam sempre juntos.
Os MONITORES, sem que as crianças percebam, podem trocar as cores entre si, até o jovem da cor preta. A idéia é mostrar que o pecado engana e é traiçoeiro.
No final o grupo que conseguir fugir do pecado e completar a seqüência de cores é o grupo campeão.

REFLEXÃO:
É de grande proveito fazer uma reflexão no final da atividade. Peça a eles que comente o que aconteceu e faça aplicação de ensinamentos cristãos, éticos e morais. Principalmente lembrando que elas devem fugir do pecado e buscar sempre fazer a vontade de Deus. Ore e pergunte às crianças quem gostaria de ter uma vida pura, sem pecados diante de Deus. Elas podem pedir perdão pelos seus pecados. Fique atento para aqueles que estão fazendo sua decisão pessoal e pergunte quem gostaria de aceitar a Jesus como Salvador de sua vida. Ore novamente consagrando as crianças a Jesus Cristo.

5. BOLO FAMÍLIA
Esta atividade pode ser feita em uma cozinha. Traz um ótimo resultado na aprendizagem e fortalecimento da estrutura da família e, com certeza, muita sujeira pra ser limpa.

Objetivo: análise dos conceitos que fortalecem a família.

Material:
Açúcar
Margarina
Ovo
Farinha de trigo
Leite
Fermento

Como fazer:
Leve seus alunos para a cozinha da igreja ou separe o material para confecção do bolo e faça na sala de aula mesmo. As crianças devem colocar os ingredientes sob sua orientação e enquanto isso você vai comparando cada ingrediente com os elementos que fortalecem o relacionamento familiar. Antes de revelar cada item, deixe que as crianças darem a opinião delas. É bom que as crianças usem um avental de TNT para evitar que sujem a roupa.

1º. AÇÚCAR..........................(DOÇURA)
O açúcar serve para adoçar a massa. Assim como no bolo, as famílias precisam de mais doçura. Mais amor e brandura no relacionamento familiar. Respostas mais branda na hora da crise. <br>
2º. MARGARINA.................(SABOR)
Serve para dar sabor e manter firme e úmida a massa. As famílias precisam ser mais alegres e saborosas. Reuniões em família, almoço, passeios ajudam a fortalecer o relacionamento em família. A margarina serve para untar o tabuleiro evitando que a massa se queime. A Família precisa da proteção de Deus.
3º. OVO...................................(UNIÃO)
As famílias precisam ser mais unidas. Como o ovo serve para dar liga, a família precisa ser mais unida e se ajudar mutuamente.
4º. FARINHA DE TRIGO.....(FIRMEZA)
A família precisa ser mais sólida e consistente. Como a farinha serve para dar volume ao bolo, nós precisamos estar juntos e manter a unidade em família. Defender o irmão mais novo das injustiças, honrar os Pais etc.
5º. Leite...................................(BRANDURA/LEVEZA)
O leite serve para amolecer a massa. Nossa família precisa ser mais “mole” também. Evitar guardar rancor, ser mais tolerante e renunciar ao invés de sempre partir para a briga.
6º. Fermento............................(CRESCIMENTO)
Como o fermento serve para dar o crescimento, nossa família precisa crescer na graça e no conhecimento de Deus. O Culto doméstico e o estudo da Palavra de Deus deve fazer parte da agenda da família.<br>
Depois de colocado cada ingrediente no tabuleiro, coloque no forno (desligado) e retire um bolo já pronto. Corte e distribua os pedaços para sua classe. Faça uma oração e pergunte quantos estão dispostos a fazerem a diferença na sua família.

Bibliografia:
Bíblia de Recursos para o Ministério com Crianças – São Paulo: APEC e HAGNOS
CRUZ, Elaine. Amor e Disciplina para Criar Filhos Felizes – Rio de Janeiro: CPAD
COSTA, Débora Ferreira da. Evangelização e Discipulado Infantil. Rio de Janeiro: CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Rio de Janeiro: CPAD


Em breve teremos mais atividades...

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Evangelizando crianças de 7 a 10 anos com atividades e brincadeiras

Apresentação e realização de atividades apropriadas para a faixa etária de 7 a 10 anos e perfeitamente aplicáveis à Escola Dominical.

O objetivo deste texto é passar um pouco da experiência adquirida como professor e líder de juniores. Tentarei passar algumas atividades que foram bem sucedidas com meus alunos. Tais atividades podem ser adaptadas à realidade da sua classe, visto que cada lugar possui crianças e dependências com características diferentes. Antes de começar a aplicar qualquer atividade, é preciso que o professor de juniores conheça bem como pensam, como reagem e os interesses das crianças de sete a dez anos da sua localidade, para só então promover eventos, atividades e brincadeiras que possam atrair a atenção de seus alunos.
Algumas dessas atividades podem ser aplicadas para ajudar o professor a conseguir ministrar uma boa aula e também para sair da monotonia. O simples ato de passar conhecimento para seu aluno, não garante o sucesso de uma boa aula. O professor de Escola Dominical precisa ser criativo, pois, em geral, ele só tem contato com seus alunos uma vez por semana. Algumas classes, com mais de um professor, os alunos têm contatos com professores diferentes que se alternam a cada domingo, distanciando ainda mais o relacionamento entre o professor e o aluno.
Um encontro mensal (ou semanal), fora do ambiente da sala de aula, ajuda a melhorar o relacionamento entre os alunos e desperta o interesse pelas aulas. Nesta faixa etária, uma gincana bem organizada cativa o grupo e dá ótimos resultados na aprendizagem.
Estamos em uma concorrência desleal. Nossas crianças recebem, diariamente, uma bagagem de informações que na sua maioria afasta e desvirtua a sua fé. O mundo tem investido milhões de dólares através da tecnologia e da mídia (Televisão, Cinema, Internet, Jogos Eletrônicos, Celulares, MP3, MP4, Shows etc.) tudo para conquistar nossas crianças. Elas são atraídas pela música, pelos efeitos visuais de alta qualidade, pela interatividade, pela tecnologia avançada nos jogos, muitos deles com ensinamentos esotéricos e com mensagens baseadas no ocultismo.
Infelizmente nós temos feito tão pouco por elas. Falta investimento e faltam pessoas preparadas para transmitirem para elas a verdade que liberta.
O apoio dos pais é fundamental na formação e no crescimento cristão das crianças. Poucos são aqueles que têm uma educação cristã ideal com seus pais durante a semana. O esquecido Culto Doméstico já não é tão freqüente em muitos lares cristãos.
Procuraremos mostrar para vocês, professores dos juniores, que é possível segurar a atenção e conquistar o amor e o carinho de seus alunos através de atividades apropriadas para a faixa etária e perfeitamente aplicáveis à Escola Dominical.
Use e abuse da tecnologia que estiver ao seu alcance: DVD, Data Show, Computador, CD-Rom,  PowerPoint® . A internet é um ótimo instrumento de evangelização e podemos encontrar diversos programas de conteúdo bíblico gratuitos para serem usados como atividades durante a sua aula. 
Vejamos algumas atividades que podem ser aplicadas na sua sala de aula ou em encontros extra classe:

1. O COPO
Esta atividade mexe com o emocional da criança. Ela deve ser bem apresentada e com bastante seriedade e amor. Os juniores já têm idade para decidir por uma vida santa diante de Deus e percebem muito bem questão da morte.

Objetivo: fazer que o Junior reflita sobre sua salvação e o perdão de pecados.

Material:
1 Jarra grande com água
Pó de Café
2 copos de vidro
1 Tabuleiro de bolo
1 Vasilha de plástico

Como aplicar:
Coloque uma vasilha pequena virada de boca para baixo (ela deve ter o diâmetro maior para servir de suporte para o copo) dentro de um tabuleiro grande de bolo vazio. Comece falando com as crianças sobre a criação de todas as coisas e como ela foi feita por Deus. Um Deus amoroso que criou também o homem para Sua glória (pegue um copo vazio e mostre para as crianças). Diga para eles que o homem foi feito por Deus sem pecado. Como este copo cristalino, assim era a vida do homem. Não havia nenhuma sujeira. Leve a criança a imaginar que a vida dela também pode ser como este copo. Diga para elas — Mas vocês não acham que está faltando algo? O copo está vazio, falta a presença de Deus em sua vida. Pergunte às crianças: — E se vocês forem se encontrar com Deus agora, você está preparado? E se de repente você deixar esta vida e for se encontrar com Deus? (pegue o copo coloque dentro de uma sacola e jogue no chão para se quebrar). Sem Deus, sem salvação, vazio da presença de Deus? Deixem que eles reflitam com um pouco de silêncio. (pegue outro copo vazio idêntico e coloque no mesmo lugar). Diga: — Mas isso ainda não aconteceu. Você ainda tem uma vida inteira pela frente.
Diga que um dia o SENHOR Deus fez o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente. (Gn 2.7) (comece a colocar a água no copo até a boca).
Mas um dia o homem pecou e tudo mudou. (coloque um pouco de pó de café dentro do copo e mexa com uma colher). — Veja como ficou escura e suja a água. É assim que o pecado faz com você também. Tudo fica sujo, escuro, sem Deus e sem salvação, pois todos pecaram e afastados estão da glória de Deus. (Rm 3.23) Mas Deus mandou Jesus para que todo aquele que nele crer, não pereça, mas tenha a vida eterna. (Jo 3.16) Pegue a jarra de água e derrame água dentro do copo de forma contínua e em grande quantidade, transbordando a água até remover toda sujeira. Enquanto derrama a água, diga para as crianças que se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (1Jo 1.9). Assim ficaremos limpos do pecado e pertos de Deus.
— Mas se pecarmos novamente? (jogue mais uma colher de café no copo e mexa). O que devemos fazer para voltar a ter novamente a comunhão com Deus? (jogue mais água no copo até tirar toda sujeira) enquanto isso diga que, se pecarmos, nós temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo, que é rico em perdão (1Jo 2.1). Precisamos nos santificar para estar de acordo com a vontade do Pai e viver uma vida limpa e agradável ao Pai para um dia nos encontrarmos com ele com o coração limpo do pecado (1Pe 1.16). Ore e pergunte às crianças quem gostaria de ter uma vida pura diante de Deus e pedir perdão pelos seus pecados. Espere que eles façam a decisão e pergunte quem gostaria de aceitar a Jesus como Salvador de sua vida. Ore novamente consagrando as vidas.

2. ENCENAÇÃO BÍBLICA
Juniores gostam de interpretar e contar histórias. Aproveite este interesse para fazer entre eles um concurso de encenação de histórias bíblicas.

Objetivo: despertar na criança o interesse pela leitura e interpretação da Bíblia

Como aplicar:
Separe sua classe em dois grupos, meninos e meninas. Escolha e distribua, sem que os grupos saibam qual é a do outro grupo, duas histórias bíblicas que contribuam com a sua lição bíblica e deixe-os escolherem entre eles os personagens, e como será a apresentação. Ajude-os separadamente, mas deixe-os livres para definir quem será cada personagem. Cada grupo deverá, após a encenação, dizer qual é a história e onde se encontra o texto bíblico do outro grupo.

3. QUEBRA-CABEÇA DE VERSÍCULOS
É uma atividade bastante simples e própria para os juniores aprenderem a trabalhar em grupo.

Objetivo: despertar na criança o interesse pela leitura e interpretação da Bíblia.

Como aplicar:
Escolha versículos que tenham a ver com sua lição bíblica. Escreva em letras grandes e recorte os versículos em pequenos trechos. Por exemplo: (1Jo.1.9) [Se confessarmos os nossos] ... [pecados, ele é fiel] ... [e justo para nos perdoar] ... [os pecados e nos purificar] ... [de toda injustiça]. Divida sua classe em pequenos grupos e coloque para cada grupo no máximo três versículos, mas com os recortes misturados. Os juniores devem montar o quebra-cabeça. O grupo que montar todos primeiro, ganha.


Em breve postaremos mais atividades...

Bibliografia:
Bíblia de Recursos para o Ministério com Crianças – São Paulo: APEC e HAGNOS
CRUZ, Elaine. Amor e Disciplina para Criar Filhos Felizes – Rio de Janeiro: CPAD
COSTA, Débora Ferreira da. Evangelização e Discipulado Infantil. Rio de Janeiro: CPAD
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, Rio de Janeiro: CPAD
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